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 Apresentação 

A proposta da realização do III Seminário Internacional Desafios do Trabalho e Educação no Século XXI: Os 100 anos da Revolução Russa, tem como objetivo a continuidade e ampliação das atividades desenvolvidas nos dois Seminários anteriores, realizados na Universidade Federal de Uberlândia. O III Seminário terá como foco o debate para a fundamentação de um desenvolvimento epistemológico e gnosiológico que contribua para reflexões mais amplas quanto a conjuntura econômica, política, social e cultural da atualidade e suas repercussões diretas na organização material e imaterial do Estado e da sociedade civil no capitalismo mundial, incorporando-se a discussão da temática Trabalho e Educação na América Latina.

Destaca-se que em outubro de 2017 a Revolução Russa completará 100 anos. Nesse contexto, o III Seminário trará como tema central as consequências históricas, políticas, econômicas, sociais e culturais da mesma, uma vez que a partir de então houve uma mudança na história do século XX, sendo a expressão direta do antagonismo ao capitalismo. Nesses tempos de reorganizações estruturais do capitalismo brasileiro e mundial, sob a égide do neoliberalismo, evidencia-se a necessidade da crítica ao estabelecido. Dessa forma, recuperar a Revolução Russa como proposta concreta de um processo transformador da realidade é fundamental para a compreensão dos seus próprios limites, bem como das possibilidades e desafios hoje colocados para a classe trabalhadora e os movimentos sociais.

A Revolução Russa trará os subsídios teóricos necessários para a reflexão de temas que aparentemente estão engessados e diretivos pela ordem dominante capitalista. Assim, o trabalho e a educação serão apontados como elementos transformadores da realidade. Daí, o norte do III Seminário: a compreensão ampla da realidade nos seus múltiplos aspectos e relações interescolares a partir do confronto dos temas neoliberais com a Revolução Russa.

A aparente derrota da Revolução Socialista é usada ideologicamente como substrato da indestrutibilidade do capitalismo, pois tal direção impede a verificação das condições degradantes fundadas pelo próprio capitalismo e aprofundadas pela sua construção mais devastadora para os trabalhadores: o neoliberalismo.

O III Seminário apresenta-se como a efetivação de uma memória para a compreensão dos fatos históricos no movimento para entendê-los como sentido da realidade atual que passa, sem dúvida, pelas experiências de lutas dos trabalhadores de outra nações, motivados por tal momento histórico e suas consequências para a organização social, política, econômica e cultural, como elementos imbricados diretamente à realidade escolar com seus objetivos diretivos.

A Revolução Russa é, portanto, pensada nesse III Seminário como elemento catalisador para a reflexão da atual forma de sociabilidade humana que tem levado à morte milhares de trabalhadores em todo o mundo, seja por guerras imperialistas, como no Oriente Médio ou por reformas estruturais do Estado, como é o caso brasileiro. Faz-se necessário problematizar esses elementos contraditórios presentes no capitalismo para que o pensamento crítico não capitule diante do pensamento pragmático, pois o capitalismo estruturou de tal forma o pensamento ocidental que parece não existir outro mundo possível além do que está posto.

Assim, o III Seminário mostra-se como elemento importante para fundamentar as discussões para além do estado da arte e o retorno ao processo histórico, político e econômico da Revolução Russa. Ele terá por consequência a reflexão crítica sobre os dogmas neoliberais tão cultuados pelos grandes agentes financeiros e as empresas multinacionais.

Por fim, a temática escolhida permitirá que o debate avance para eixos como Educação e Socialismo no Século XXI; a Revolução Russa e suas influências na América Latina; Trabalho, Educação e Movimentos Sociais; e Estado, Educação e Controle Social. Sendo estes, mais que provocativos, são, de fato, construtivos no estabelecimento de parâmetros tão esquecidos ou difamados pelo capitalismo, com isso o III Seminário pretende ser um espaço de resistência teórica e formação humana no mais amplo sentido.

 Público Alvo: 

Estudantes de pós-graduação em nível de mestrado e doutorado, em especial das áreas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Educação, História e Geografia, Professores da Educação Básica, Pesquisadores e demais interessados.

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